quinta-feira, 24 de março de 2011

Amigos...

O que é que você traz em seu coração?
Quem é que está logo atrás de você
Quando o desespero vem em sua direção?

Quem é quem senta do outro lado da mesa
Enchendo a lata, acompanhado você?
Quando o cansaço te golpeia na cara
Quem são os caras que estão lá pra te erguer?

Quem são os caras que também mostram a cara
Quando o tapa era só pra você?
Quem são os caras que seguram sua barra
Sem querer saber o que vai acontecer?

Amigos, amigos, amigos...

(Flicts)

domingo, 13 de março de 2011

O novo

Sempre que aparece algo ‘novo’, ele vem acompanhado de medo, desafio, insegurança, vontade, medo, medo e medo. O novo passa segurança e insegurança, mas você sempre quer saber como é, porque é, mesmo sabendo que o “como” e o “porque” não importam mais.

Quando você encontra esse novo e percebe que é diferente de tudo que você já teve -ou não-, que é especial de alguma forma e que pode ir muito além de tudo que você possa ver, você vai sentir, e por mais “irreal” que seja, VOCÊ vai fazer tudo pra tornar real.

Eu só queria poder...

A música entra na minha mente, com os fones no volume mais alto que eu posso suportar, com a música que mais possa corroer, me fazer viajar, me fazer pensar, me fazer esquecer, esquecer e esquecer… Me fazer lembrar e relembrar, me fazer sentir o que (não) importa.

Pensar em quanto corro contra as montanhas russas, em quanto seria vantajoso simplesmente não fazer nada, em meter o foda-se como sempre fiz, sair com meus amigos e me divertir sem pensar em razão ou conseqüência.

Não entendo, mas tempo em que não suporto tudo isso, eu amo estar aqui, amo pensar que ninguém merece cada lágrima que derramei, mas mesmo assim continuo… E vou além. Pareço gostar de tudo isso, de toda essa dor, incerteza e confusões em minha mente. No fundo, me faz bem por me fazer tão mal, apenas me faz bem…

Quero mais, quero a paz que me prometera, quero a segurança que me deu um dia e logo depois tirou, quero acordar novamente com aquele sorriso que me fez tão bem um dia.


‘Tudo aqui está tão bem, mas não me diz MAIS NADA'

"A maldição de não chorar
Gritar quando são traídos
Corpos palpitantes, eles gritam".

quarta-feira, 9 de março de 2011

Só mais um dia comum...

Aquele dia não terminava, eu já não aguentava mais, precisava da minha cama, precisava do silêncio do meu quarto, da minha solidão. Sim, às vezes precisamos da solidão para nos sentirmos bem, era o meu caso. E o ônibus não passava, a cada gole a bebida ficava mais amarga, a cada cigarro, uma vontade maior de desaparecer, de vez.
Não havia porque eu me culpar, mas aquilo doía cada vez mais em mim, o desejo de realizar desejos me fazia mal, aquele olhar me fazia mal, aquele desprezo, aquele cigarro, aquele bebida, aquele lugar, aquela gente... Nada mais faria eu me sentir bem naquela noite.
No ônibus, sentia minha casa cada vez mais distante, não pertencia à nada daquilo e meus pensamentos, cada vez me corroendo mais, as feridas ficando mais abertas e a vontade de gritar se fazia presente.
Pensei que chegando em casa, aquele silêncio, aquela solidão me faria bem, ouvi coisas que não queria e não eram necessárias, tentei dormir, foi em vão. Peguei o livro mais próximo, li sobre morte, solidão, agonia, e simplesmente quis trocar de corpo, trocar de vida com Gregor Samsa, aqueles personagens precisavam dele, eu nunca fui (nem quis ser) tão importante assim para alguém.
Na manhã seguinte, algo me incomodava ainda, apenas desejos de desejos, apenas vontade de SER alguém... Isso não acaba aqui.

segunda-feira, 7 de março de 2011

Ontem eu errei, hoje vou acertar
Me desculpe se um dia eu te fiz chorar
Quero acertar, quero caminhar
Em cima da estrada que você construiu
Estava doente agora estou curado
Muito obrigado por me medicar
Agora posso ver, não vou me confundir
Sei bem onde pisar
A agressividade não pode ser usada
Somente em momentos propicios
Não vou me debater, só vou me calar
A minha voz agora vai baixar
Estava doente mas agora aprendi


Reações imprevisiveis são ruins
Se você não resolve agir
Posso pagar por isso
Mas estou bem, NÃO VOU TE MACHUCAR!


(O Soco Racional - Projeto Peixe Morto)